Cristina

Psicóloga pela PUC-SP, pós-graduada em Psicopedagogia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Coach em Resiliência pela SOBRARE (Sociedade Brasileira de Resiliência)

Cuidando de quem cuida

Cuidando de quem cuida

Breve relato do projeto: Escuta Humanizada  Atuação na pandemia: A experiência de atendimento psicológico virtual em grupo mostrou-nos que é possível ser eficiente fora do espaço clínico “ideal” para a emergência e o trabalho com saúde mental. Fomos além daquilo que inicialmente foi tido como dificuldade e olhamos para o que já existia: a demanda de profissionais da saúde de hospitais por uma escuta humanizada. Foi perceptível que todas aquelas condições eram compartilhadas: a dor, aquilo que falta, a possibilidade de elaborar diversos lutos deixados Continue lendo

Como você cria sentido para a vida?

Como você cria sentido para a vida?

Análise do filme “A partida” A morte é uma porta, não significa um fim. Este filme nos revela a beleza da vida em toda a sua magnitude. Seja nas palavras, nas emoções, nas paisagens ou mesmo na melodia, somos tocados profundamente pela sutileza das cenas, bem como pela música, que traz o encantamento da vida, dos diversos tons do sofrimento ao significado maior. Contempla a valorização da vida, da morte, do cuidar, da família, do desapego, da aceitação… Leva-nos a fluir em nossas emoções ao Continue lendo

Mindfulness e o desapego do “eu”

Mindfulness e o desapego do “eu”

“A redução do domínio do eu, sempre objetivo principal entre os praticantes de meditação, tem sido estranhamente ignorada pelos pesquisadores do assunto, que, talvez, de forma compreensiva, se concentram em vez disso em temas mais populares, como relaxamento e bem-estar.” (GOLEMAN & DAVIDSON, 2017) Parto dessa citação pois achei bastante curiosa essa fala dos célebres Goleman e Davidson. Falamos muito em desapego, quando se trata de Mindfulness. Isso porque quando desapegamos, o que vivenciamos aparece na forma alternativa de um maravilhoso deleite na existência. No Continue lendo

Mindfulness, Psicologia Positiva e Resiliência: alicerces do momento

Mindfulness, Psicologia Positiva e Resiliência: alicerces do momento

Há alguns anos venho estudando, praticando, aprofundando-me e ministrando treinamentos sobre Mindfulness/Atenção Plena. Cada vez mais verifico como esse conceito é completo até porque ele nos convida a compreender a nós mesmos e à vida pela luz do Budismo (filosofia oriental) ao mesmo tempo em que nos auxilia com as teorias que são de maior conhecimento nosso (Terapia Cognitiva e Psicologia Positiva). Mindfulness revela ao mesmo tempo a complexidade da integração de conceitos e a simplicidade ao verificarmos que tais conceitos são apenas meios para Continue lendo

Samadhi: para tornar-se inteiro, é preciso desapegar

Samadhi: para tornar-se inteiro, é preciso desapegar

Tudo está aí para os olhos que podem ver. Rumi   Resenha do documentário Samadhi Este documentário traz de maneira belíssima uma tentativa de abordar o conceito sânscrito de Samadhi. “Tentativa” porque ele menciona que a abstração total deste conceito ultrapassa sua definição conceitual. Em determinado momento, menciona: se você acha que entendeu, está errado; se você não entendeu ou não quer se aproximar disso, também. Então o primeiro passo seria começar a tentar entender conceitualmente, mas isso seria apenas metade do caminho; a outra Continue lendo

Seja a estabilidade num mundo de incertezas

Seja a estabilidade num mundo de incertezas

Tenho acompanhado bastante artigos sobre a mudança no mundo do trabalho e mesmo no mundo real. É evidente que quanto mais nos apegamos a certezas, mais desprotegidos estamos. Mas acreditar que a solução é entrar de cabeça no ritmo acelerado, começar diversas atividades sem terminar, não elaborar processos e apenas seguir em frente pode ser uma atitude bastante errônea. Isso é o que viemos fazendo nos últimos anos: seguindo o fluxo e, junto a isso, enlouquecendo, matando uns aos outros, tendo como norte o sucesso Continue lendo

Setembro Amarelo: treinando a compaixão e autocompaixão

Setembro Amarelo: treinando a compaixão e autocompaixão

Convido vocês a pararem um instante para refletirem sobre as seguintes indagações: Como é a sua dor nos momentos de intensa angústia existencial? Ela tem cor e formato? Onde se localiza no corpo? Quais sensações, emoções, sentimentos e comportamentos ela manifesta? A depressão – e outras tantas doenças mentais – é tão intensa quando vivenciada, que mal se consegue dimensioná-la. Por outro lado, foi pelo viés da saúde que houve a possibilidade de criar uma campanha colorida para a prevenção de uma atitude proveniente da Continue lendo

Destino ou propósito de vida?

Destino ou propósito de vida?

Resenha do documentário: “QUEM SOMOS NÓS?” Direção: William Arntz, Betsy Chasse & Mark Vicente Este documentário aborda uma reflexão a partir da apresentação de um novo paradigma que diverge do paradigma vigente – e dos anteriores – onde a ciência ou a religião ditavam normas. Conforme essa nova perspectiva, tais paradigmas deixavam o homem pouco apropriado de si mesmo, já que ou este se encontrava muito distante de um ser superior e transcendente criador de tudo (religião) ou acabava tendo que se limitar a uma Continue lendo

Programa de Mindfulness Baseado na Terapia Cognitiva (MBCT)

Programa de Mindfulness Baseado na Terapia Cognitiva (MBCT)

Quando nos libertamos da tirania da mente pensante, a mente desenvolve a estabilidade e se engaja menos no conteúdo do pensamento, fortalecendo a habilidade de concentração, bem como a tranquilidade. Início Mindfulness, ou Atenção Plena, pode ser compreendido como um estado mental de consciência, bem-estar e plenitude que implica em prestar atenção a como prestamos atenção, em outros termos: ter gentileza ao ato de prestar atenção a nós mesmos e ao momento presente. Mais do que técnicas formais e informais de meditação, o Mindfulness consiste Continue lendo

Como posso lhe ajudar?

Como posso lhe ajudar?

Análise do Filme: “Vazio de Domingo” Assistindo recentemente ao melancólico filme “Vazio de domingo” (La Enfermedad del Domingo), fiquei tomada pelo conteúdo e pela forma: as paisagens, o jogo de luzes, de claro e escuro, mesclados com silêncios entremeados por falas curtas, mas bastante significativas, que engendravam dor, sarcasmo e, acima de tudo, questionamentos que buscavam trazer à tona alguma verdade. A sinopse é que décadas após ter sido abandonada quando criança, Chiara encontra sua mãe biológica e a convida para uma viagem de 10 Continue lendo