Em busca de espiritualidade, saúde e qualidade de vida

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Hoje aproveito a oportunidade para refletirmos sobre a importância de atentarmos ao stress, à qualidade de vida, aos processos mentais que podem mudar a saúde, ao otimismo como fator de proteção para criar imunidades, levando em consideração as influências trocadas entre os indivíduos e sua comunidade para a saúde pública.

Faço aqui uma ressalva ao mencionar que embora o stress possa estar na origem das doenças física ou mental, ele não deverá ser considerado em si mesmo uma doença. A relação que aí existe está no fato de que o stress, somado às emoções inadaptadas ou patológicas, pode influenciar na progressão das doenças, ao levar à redução das funções de defesa do organismo, aumentando a vulnerabilidade frente às doenças de várias ordens.

Quanto às terapias promotoras da qualidade de vida e da mudança positiva, destaco aqui a autocompaixão e o mindfullness. A autocompaixão surge diante do desejo de cuidar do bem-estar do outro, enquanto reconhecimento e sensibilidade ao sofrimento, compreendendo-o sem julgamento e atuando de modo a aliviá-lo. Mindfullness, por sua vez, é entendida como consciência que surge através do processo de focar a atenção, de modo intencional, consciente e sem julgamento. O estado de mindfullness eleva a capacidade de estar presente, conduzindo a uma melhoria significativa de sintomas psicológicos e clínicos, a um aumento da espiritualidade, bem como a aproveitar a oportunidade para escolher o comportamento perante determinados eventos, ao invés de apenas reagir a eles.

Além disso, para aprender a lidar com a adversidade, o uso de estratégias de coping poderá ser um recurso importante e com elevado impacto na saúde e na qualidade de vida: com esforços cognitivos e comportamentais ele nos leva à constante adaptação. O coping pode ser centrado na emoção, quando regula o estado emocional através de esforços que permitem o desenvolvimento de um modo eficiente e apropriado; ou centrado no problema, quando pretende modificar ou alterar a relação entre o indivíduo e o ambiente, através de esforços que permitam respostas para as situações de stress. Este recurso cria oportunidades de crescimento, além de buscar manter o relacionamento social em situações de stress ao promover o suporte social.

Além disso, chamo a atenção para a influência positiva da espiritualidade, tendo em vista que as emoções positivas promovem uma visão do mundo que direciona para um sentido mais positivo e com maior significado para as experiências da vida.

Em suma, tendo por base as diretrizes do desenvolvimento da saúde e do bem-estar ao longo do ciclo de vida, importa, também, dotar os indivíduos de recursos que lhes permitam reduzir comportamentos de risco, adotando projetos de vida coligados a mudanças de comportamentos e paradigmas quanto à promoção de saúde mental e de qualidade de vida, e assim aumentando a própria esperança e expectativa de vida.

CrisM.

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