Missão de vida: viver para quê?

Breve análise do filme: “Nasce uma estrela”

 

 Missão de vida

O filme “Nasce uma estrela” revela uma história de amor, dor e resiliência. A base para o enredo é a frase que o personagem principal repete como sua missão de vida: “Para ser uma estrela, você precisa ter algo a dizer”. Os personagens principais Jackson Maine (Bradley Cooper) e Ally (Lady Gaga) tinham em comum este lema: de terem algo a dizer. E esse “dizer” era poético: era “cantado”. E assim se tornaram muito famosos e reconhecidos pelos seus dons.

 

Vivência de amor e entrega

Eles viviam a integridade, o talento e a entrega real à música. E viam-se um no outro, como um espelho, descobrindo-se a cada momento.

Maine já havia conquistado seu sucesso quando conheceu Ally, insegura e ainda não famosa. Encantou-se com seu talento e ajudou-lhe a revelar seu próprio despertar.

Ally descobriu-se potente e despontou nos palcos. No entanto, quando ela brilhou, ele apagou.

 

Quando ela brilha, ele apaga

O amor foi para Ally um impulso de vida, uma estratégia de fortalecimento para se lançar ao mundo: ele pôde vê-la e ela pôde finalmente se ver.

Já Maine viveu o amor como algo que clareou (evidenciou) a sua dor, antes escondida:  aprofundou-se na depressão, aumentando ainda mais o vício nas drogas e vivendo a intensidade da dor de um relacionamento familiar mal resolvido.

 

Depressão e culpa: quebra da missão
Maine reconhece que não mais podia continuar a dizer ao mundo – por meio do canto da sua música – e era melhor calar-se.

Na depressão, a mente lhe isola e não lhe deixa respirar.

No auge da sua dor, enforca-se. Nada mais previsível do que tirar o ar da garganta, esganiçando-a, e ser impedido de falar.

 

Amor e resiliência: cumprimento da missão

Já Ally, por meio da voz, torna viva sua dor: confortando-se ao cantar para todos a melodia que exalta Maine, torna vivo o seu amor e eterniza seu brilho de estrela.

 

E você? O que fará da sua missão: um motivo para morrer ou um motivo para viver?

 

Sigam-me,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga (PUC-SP), Psicopedagoga (Instituto Sedes Sapientiae) e Psicanalista. Atende na clínica com psicoterapia (enfoque psicanalítico) e coaching em resiliência (controle do estresse) – consultório em Pinheiros (São Paulo). Ministra palestras e treinamentos comportamentais in company pela sua empresa Ponto de Diálogo e Reflexões. Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contatem-me: contato@cristinamonteiro.com.br

2 Comentários


  1. Sua voz, quem você é. Quanto o que você tem a dizer pode falar sobre você.
    Adorei Cris!
    Sua escrita está, ainda mais, encantadora.
    Aumenta a vontade de ver o filme.

    Beijos

    Responder

    1. Obrigada Silvia! Fico feliz em saber que aumentou a vontade de ver o filme. Depois me conta como foi pra você. Beijos

      Responder

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