O “fort-da” freudiano dos nossos projetos: confira esta visão em nosso último workshop

 

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Realizamos em 01 de outubro de 2016, no último sábado, um workshop sobre “Projetos, Ações e Resultados” na aconchegante Casa Jaya, em Pinheiros.

Neste encontro, abordamos diversas questões relativas a como os projetos impactam a nossa vida e nos retomam as noções de “contexto” e de “corpo” (estar presente para a vida, no aqui e agora a partir da “unidade” do projeto).

Uma questão interessante que foi abordada foi a de “Ceteres paribus”, ou seja: qual a provável tendência neste assunto se nada for feito?”. Se não nos perguntarmos isso, continuaremos fazendo o que sempre fazemos e conseguindo os resultados já conhecidos. E, assim, a vida continua a transcorrer ao nosso lado.

Num breve role-playing (jogo de papéis) com uma das participantes, em seu discurso ela mencinou que, apesar de ela se cobrar mudanças e ações na vida, seu comportamento manifestava uma tendência de deixar as coisas como estão. Interessante pensar nos porquês disto.

Cogitamos que o excesso de crítica que temos em relação aos outros aumenta a crítica que temos em relação a nós mesmos e acabamos nos convencendo de que é melhor mantermos o que está do que arriscarmos mudar.

Esse comportamento comum que temos de “manter” deixa de retroalimentar a nossa vida. Estamos ali, na tentativa de controlar aquilo que dizemos ser nosso – nossas conquistas – e ficamos apegados e aprisionados em nossos hábitos.

 

E como criar novos hábitos?

Primeiramente, tomando consciência de nossos hábitos e ações viciosas. Em segundo lugar, compreendendo a limitação que eles nos trazem e não nos conformando com isso. Além disso, desejar algo novo nos possibilita um respiro e facilita mexermos em nossa vida, como num papel rabiscado em que, nesse “desenho”, podemos puxar novas setas em direção àquilo que definimos como nosso foco atual.

O ato de planejar nos aciona a lidar com nossos projetos de vida e trabalho de modo lúdico, concreto e objetivo, como um jogo, tornando a vida mais leve. Isso ocorre porque deste modo, mudamos o modo como manipulamos o controle que tentamos ter de tudo. Como os projetos têm começo, meio e fim, controlar os projetos nos permite abrir mão de um e começar outro, soltar e agarrar novamente, de modo mais leve e proveitoso. Voltamos a ser crianças, a jogar e brincar com a vida, como no caso do fort-da proposto por Freud.

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

 

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