Confira as palestras do último sábado: “O trabalho: da ética à etiqueta”

 

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Neste último sábado, 01 de outubro de 2016, à convite da consultoria JGA Treinamentos, realizei uma palestra na JGA Treinamentos sobre “Relações saudáveis, equilíbrio e produtividade nas organizações”, seguida de uma palestra brilhante sobre imagem pessoal no trabalho, com a minha colega visagista Ana Cristina Mancussi.

Neste encontro, tive a oportunidade de trabalhar questões relativas à intolerância, a Comunicação Não-Violenta (CNV) e a resiliência atrelada à inteligência social, todas relacionadas à esfera do trabalho. Sendo que o mais marcante foi abordar a questão do trabalho do ponto de vista das relações interpessoais e de nos reorientarmos em relação ao sentido social do trabalho, não apenas encarando-o como uma meta pessoal e com a denotação de status, tão almejada nos últimos tempos.

Ao meu ver, para fluir, o trabalho precisa ser compreendido como uma troca, uma real entrega. E, em tempos de incerteza, torna-se cada vez mais difícil confiarmos naqueles a quem entregamos nossos produtos e serviços, num momento em que o individualismo aumenta consideravelmente (potencializado pelas redes sociais) e consideramos ser “nosso” algo que, na realidade, é relacional.

O trabalho envolve ideias e ideais, sonhos e frustrações, angústias e realizações. Ações vinculadas à ética e justiça permeiam (ou deveriam permear) as relações de trabalho – e, como complementou posteriormente Ana Cristina Mancussi: a etiqueta é a “pequena ética” do nosso dia a dia. Se a vestimenta do trabalho, e a postura em geral, passou a abordar o exibicionismo proposto nas novelas, isso evidencia a crise do sentido do trabalho (como emancipação por competências e méritos).

No entanto, destaco ainda que muitas vezes ainda confundimos o senso de justiça com querer ter sempre razão. Neste momento, ao invés da troca, ficamos trancafiados dentro de nós mesmos com nossos porquês, esperando nossas respostas e recompensas. E ali ficamos, ao mesmo tempo, passivos para o mundo externo e extremamente ativos em nossos pensamentos e atitudes destrutivos: o outro se torna um inimigo e um obstáculo ao nosso crescimento e desenvolvimento profissional.

É preciso retomar a noção objetiva do trabalho, dentro do contexto social e relacional que este ocupa, compreendendo a importância da troca, de desenhar soluções conjuntamente e das atitudes éticas (e estéticas – etiqueta) que permeiam as relações, para que o produto final, fruto do esforço de todos os envolvidos, seja reconhecido e validado como algo inteiro (íntegro) e de valor (para quem faz e para quem recebe).

 

Grande abraço,

 

Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Orientadora Profissional e de Carreira e Coach. Escritora (crônicas literárias, artigos acadêmicos e profissionais). Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (vida e carreira), ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome de sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contato: crifmonteiro@gmail.com

 

2 Comentários


  1. Foi uma manhã de sábado muito agradável. Os temas desenvolvidos são atuais e furam suavemente nas apresentações e na participação dos ouvintes super interessados. Profissionais comprometidos com o seu desenvolvimento ético, emocional e técnico. Cristina você sempre agregando valores e possibilidades de repensar o nosso dia a dia com mais leveza. Adorei a parceria com você, Ponto de palestras e JGA

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