Desafios do novo líder: autoliderança e feedback

Do que um líder precisa?

O líder empresarial é aquele que ocupa o lugar de chefia e que, portanto, precisa exercer a liderança. Liderar é ter a capacidade de exercer influência sobre as outras pessoas. Influenciar é um ato poderoso de criar aliados e alcançar objetivos, de construir um ambiente de colaboração apoio mútuo, com resultados consistentes, a partir da sinergia entre as conexões estabelecidas.

 

“Entenda os seus medos, mas jamais deixe que eles sufoquem os seus sonhos.”

Alice no País das Maravilhas

 

Como desenvolver a autoliderança e cultura de feedback?

O primeiro passo para chegarmos a qualquer lugar é sabermos aonde queremos chegar e por quê. Isso envolve não apenas uma resposta objetiva, mas também questões subjetivas que permeiam tal objetivo e isso envolve medos, desejos, anseios, dúvidas e concepções sobre o sucesso profissional.

 

Na visão de um líder, o que seriam essas respostas?

Exemplo de um pensamento de um líder/chefe:

Exemplo de resposta objetiva: quero que meu liderado realize tais ações porque elas compõem o escopo do projeto que está ligado ao planejamento estratégico da nossa empresa.

Exemplo de resposta subjetiva: vou ter que lidar com um liderado difícil, que não se alinha com a empresa, que não tem uma boa relação comigo e que não apresenta muito interesse em se desenvolver. Não sei bem como fazer isso.

Na prática, as aparências constituem as respostas objetivas, mas, na realidade, são as respostas subjetivas que regem todos os nossos comportamentos. Assim, enquanto no exemplo acima o líder tem clareza objetiva do que precisa, o medo expresso em sua resposta subjetiva vai travar a sua ação de entrar em contato com o liderado e dificultar que sua solicitação tenha êxito.

 

O que fazer para ser bem sucedido como líder?

É preciso inicialmente alinhar a coerência de comportamentos no próprio líder (autoliderança) para que isso venha a fazer sentido para que ele consiga de fato influenciar seu liderado e realizar com eficácia a cultura do delegar e dar feedback.

 

Autoliderança: alinhando expectativas objetivas e subjetivas

Expectativas objetivas:

Devem ser sempre questionadas e alinhadas relacionando os objetivos dos projetos aos objetivos da organização (planejamento estratégico) e as soluções devem ser pensadas junto à equipe no formato brainstorming e na divisão e organização de tarefas de acordo com as competências.

 

Expectativas subjetivas:

Devem ser lidadas de duas maneiras:

– Líder: verificar o que é possível a partir da realização de determinadas ações, quais são as novas oportunidades daí advindas, quais os medos, os recursos disponíveis e os gaps observados.

 

– Liderados (equipe): trabalhar o clima de segurança para o aprendizado e a mudança de comportamento, desenvolver a iniciativa por meio do estímulo ao novo, saber selecionar as ideias a serem utilizadas e estimular que sejam colocadas em prática. Inspirar, dividir tarefas, estimular relacionamentos e dar suporte.

 

Como conseguir que os liderados realizem as atividades (delegar e dar feedback):

Passo 1: Objetividade:

Verificar a compreensão das tarefas a serem realizadas e esclarecê-las ao máximo. Solicitar que outros integrantes da equipe auxiliem nesta tarefa expondo o modo como compreenderam.

 

Passo 2: Subjetividade:

  1. Estabelecer rapport (conexão), empatia e estimular o desenvolvimento do liderado de modo positivo e corajoso.
  2. Estabelecer rapport (conexão), empatia e verificar quais são os entraves.

 

Como lidar com os liderados que entravam as atividades (delegar e dar feedback):

Além dos passos do item anterior, seguem mais passos:

  1. Tomar consciência do modelo mental:

– O que ele apresenta como respostas: o que diz, como reage, comunicação verbal e não-verbal;

 

2. Verificar os ganhos e as limitações decorrentes desse modelo mental ao reconhecer qual necessidade básica não está sendo atendida. A segui, uma lista das necessidades básicas segundo a comunicação não-violenta de Marshall Rosenberg:

 

  • Sustento e necessidades fisiológicas
  • Segurança e proteção
  • Comunhão espiritual
  • Empatia e entendimento
  • Lazer, relaxamento e recreação
  • Interdependência, comunidade, apoio e respeito
  • Criatividade, produção ou invenção
  • Autonomia e independência
  • Necessidade de contribuir
  • Celebração

 

3. Considerar o desejo do liderado de se libertar desse padrão e abrir mão desse modo de ser/estar no mundo ao manifestar sua compreensão empática por essa limitação apresentada e propor que o liderado manifeste do que ele realmente precisa.

 

4. Treinar um novo padrão de crenças e ações até adquirir novas competências. Ajudar o liderado a se desenvolver a partir do que é esperado dele e do que ele precisa.

 

A importância da resiliência na liderança

Acima de tudo, lembre que você está lidando com pessoas. Assim, acima de qualquer regra, valorize a integridade, a clareza e a flexibilidade. E isso é a base para a viver, na liderança, a resiliência e deixar a liderança fluir entre os membros, sendo, com o tempo, desnecessário.

 

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Cristina Monteiro – Psicóloga, Psicopedagoga, Coach, Palestrante, Psicanalista. Atende na Clínica com Psicoterapia (enfoque psicanalítico) e Coaching em Resiliência (controle do estresse). Ministra palestras e treinamentos comportamentais em nome da sua empresa (Ponto de Palestras e Treinamentos). Escreve semanalmente neste blog. Acompanhe.

Contate-me: contato@cristinamonteiro.com.br

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